quinta-feira, 27 de março de 2014

Contos #01

Assalto a mão psicopata.

Um casal que aparentemente era bem normal estava voltando da faculdade por volta de 23 horas. Descendo os primeiros 10 metros da rua, foram abordados por dois meninos, com roupas surradas, uma pele tão escura que com a luz do poste, os meninos brilhavam negro. Um deles, o “mais experiente” portava uma arma e abordou a menina, achando que ela ia se desesperar mais e calar a boca por causa da arma, o outro, que parecia estagiar naquela noite de assalto, revistou o menino e sem olhar o que o mesmo tinha na carteira ele simplesmente enfiou a carteira no bolso, celular e a aliança.
Mas o que a aliança tinha a ver? Um casal tão jovem não teria dinheiro para uma aliança de ouro. O menino insistiu na aliança, mas não teve sorte. Quando foi pedido a menina para que fosse aberta sua mochila, ela tirou um taco de baseball e deu uma tacada nas pernas, desmontando assim, o “cabeça”. O menino, ao ver aqui, deu uma cotovelada na barriga do estagiário e tomou a arma do ‘cabeça’, apontando para o estagiário.
Os dois não tiveram sorte. Com um casal sádico e psicopata, não poderia dar certo aquele assalto. Foi então que a menina bateu cada vez mais e cada vez mais forte, sem acertar a cabeça do ‘cabeça’. Ela arrebentou os joelhos, fazendo com que o mesmo ficasse imóvel e depois quebrou as mãos do estagiário. Eles ligaram para a polícia e avisaram que estariam levando para um distrito próximo a região.
O casal, sem dó alguma, ensanguentou a calçada na qual era raspada as costas do ‘cabeça’ e o estagiário foi acompanhado por uma arma na cabeça. Mas nos resta a dúvida. A arma era de verdade? Os dois conheciam um tanto sobre armas e tem duas coisas que ajudam a entender se a arma é de verdade ou não, sem tocar. Muitos dizem que o peso é o essencial, mas quem está sendo assaltado não tem cara de pedir “posso segurar sua arma por alguns instantes?”, então os dois jeitos são: conseguir encostar-se ao cano da arma, que em uma arma de verdade, teria o cano extremamente gelado e ver se tem um cano de verdade, de prata.
Não adianta ver se a arma é de plástico. Afinal, muitas pistolas (como a do caso do assalto) são feitas de plástico. Mas então, o que aconteceu ao chegar no distrito? Nada. Eles não chegaram lá. O casal fez justiça com suas próprias mãos e quebrou todos os ossos, exceto a caixa torácica, para que eles pudessem morrer de agonia, dor e arrependimento, por terem feito tal coisa. Se os meninos conseguiram sobreviver? Eu não sei, mas acredito que não. Como sei de tal história? Eu vi. Se eles sabiam que eu os observava? Talvez. Se vou sobreviver para conta-la novamente? Não sei. Adeus.


Rob I.P. 

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